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Como orientar os filhos


Laura Müller
Foto: Divulgação
Laura Müller afirma: "Oferecer educação sexual a alguém é fornecer informações sobre sexualidade"
Oferecer educação sexual a alguém é fornecer informações sobre sexualidade em geral, estimulando reflexões e questionamentos. 

Muita gente acredita que isso é tarefa da escola. Aliás, desde 1997 é sugestão dos parâmetros curriculares nacionais que o tema sexualidade seja abordado no ensino a partir dos 7 anos. No entanto, muitos colégios não fazem isso. É uma pena. 

Mas vamos além: E em casa? É tarefa também dos pais oferecer educação sexual aos filhos? Como fazê-la? Pai e mãe são os principais educadores. E a orientação no lar começa cedo: como nomeamos, vestimos e cuidamos do bebê já mostramos a ele o que é ser homem ou mulher no mundo. Isso é educação sexual. 

Conforme a criança cresce, a orientação se amplia. Por volta dos 3 a 4 anos, meninas e meninos começam a fazer perguntas como “O que é sexo?” ou “O que é camisinha?” Responder o quê? O básico. Criança não compreende as coisas como um pré-adolescente ou adolescente. O suficiente pode ser dizer “Sexo é algo que só gente grande faz. É namoro de gente adulta” e “Camisinha é o que o casal usa para fazer sexo e ficar protegido de doenças”. E se o pequeno quiser saber mais? Você complementa nessa linha franca, sem excessos.

Já por volta dos 6, 7 anos pode ser um bom momento de conversar sobre os corpos feminino e o masculino: como funcionam os genitais, a gravidez etc. Visita a uma livraria, onde vocês possam escolher livros educativos que lhe agradem, pode ajudar nesse bate-papo. 

Aos 10, 11 anos, virão mudanças hormonais que levam a menina, em breve, a ter sua primeira menstruação. E o menino a ter ejaculação espontânea (em geral, isso ocorre à noite e chama-se polução noturna). É o sinal de que ele já produz espermatozoides. E que ela libera óvulos. Ou seja, pode engravidar. Mas não deve! Tudo isso precisa ser conversado. 

E aí vêm os 14 ou 15 anos, chegada da adolescência. No Brasil, os jovens começam a transar entre 15 e 17 anos, segundo pesquisas. E a gente precisa conversar abertamente sobre: gravidez e como evitá-la; doenças sexualmente transmissíveis e uso de camisinha; e o afeto e o sexo em si.

O assunto é amplo e todos costumam ficar constrangidos. A dica para os pais é ter calma e  estarem sempre abertos ao bate-papo. E a buscar as respostas para o que não souberem orientar. Tudo sem perder de vista o respeito às diferenças e aos valores e crenças de cada um. Ufa! É uma caminhada e tanta. Mas vale muito a pena. Boa sorte.

Fonte: diaadiarevista
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