O autismo é uma série de condições em que as crianças têm problemas para se comunicar, interagir com os outros e se comportar adequadamente em situações sociais.
Os pesquisadores mediram os níveis de cortisol na saliva de 42 crianças com autismo. Normalmente, a produção de cortisol atinge picos cerca de 30 minutos depois que uma pessoa acorda, e diminui ao longo do dia.
Nas duas semanas antes de os cães serem trazidos às casas, os níveis de cortisol das crianças aumentaram 58% durante os primeiros 30 minutos acordados. Mas quando os cães estavam presentes, essa resposta foi reduzida para um aumento de apenas 10%. E, após quatro semanas, quando os cães foram retirados das casas, a resposta do cortisol voltou a ter um aumento de até 48%.
Os pais também relataram uma diminuição de comportamentos problemáticos e perturbadores de seu filho, como birras, enquanto o cão estava presente. A média do número destes comportamentos caiu de 33, nas duas semanas anteriores à presença do cão, a 25 enquanto o animal fez parte da família.
Mas, por enquanto, os pesquisadores disseram que o efeito do cortisol reduzido na criança ainda não pode ser determinado. No entanto, estudos com adultos têm ligado aumentos do hormônio ao aumento do estresse geral, e a diminuição do hormônio a um estado mental positivo.
Mais pesquisas precisam ser feitas em crianças autistas para descobrir se estas diminuições nos níveis de cortisol na verdade correspondem a uma mudança nos seus níveis de estresse.
Muitos estudos já apontavam os benefícios dos cães-guias para crianças com autismo, e agora, um dos objetivos dos pesquisadores é saber por que os cães diminuem os níveis de cortisol delas. Por exemplo, pode ser que os cães ajudem as crianças a dormirem melhor, o que pode ter afetado os níveis de cortisol. [LiveScience]
Fonte: hypescience