Do dia para a noite, o corpo de criança ganha curvas e os interesses e o comportamento mudam completamente: amigos, meninos, passeios, músicas e roupas passam a ser os assuntos preferidos. Os pais perdem um pouco do encanto, começam a ser vistos como chatos e com defeitos e é ai que os conflitos podem aparecer.
Albertina Duarte, coordenadora do programa Ginecologia da Adolescente da Clínica Ginecológica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) diz que nem sempre as mães têm intimidade com a própria sexualidade e acabam não conseguindo auxiliar as filhas. Mesmo assim, estão mais preparadas para lidar com isso do que há 20 anos.
"O desafio é que as mães usem a verdade, que não façam discurso e sejam sinceras em dizer: desse assunto eu não entendo muito bem, é novidade. E propor que as duas pesquisem e aprendam juntas, tendo respeito uma pela outra", orienta Albertina.
Um erro, segundo a médica, é tentar responder tudo com "no meu tempo". "Adolescentes querem saber do agora, do prazer, da emoção. O tempo passa, muda e a sexualidade também", afirma a coordenadora.
Fonte: aspirina
